A Síndrome do Pânico é um transtorno de ansiedade que gera fortes crises de desespero e forte sensação de que coisas ruins irão acontecer, mesmo que essa sensação não esteja ligada a algo real que realmente remete a esse tipo de medo extremo.
As pessoas que sofrem com síndrome do pânico relatam fortes crises, que ocorrem de forma inesperada, de forma recorrente. Dessa forma, as crises ficam ainda mais acentuadas pela preocupação de quando poderá ocorrer a próxima crise.
Ela traz prejuízos elevados para a vida das pessoas, dificultando muitas vezes até mesmo o convívio com outras pessoas, impedindo até que saiam de casa, já que essa simples ação acaba se tornando um problema muito grande.
Por conta disso, no texto de hoje, vou te apresentar o máximo de detalhes sobre a síndrome do pânico, para você entender mais sobre o transtorno.
Acompanhe!
Causas
As causas concretas da síndrome do pânico ainda são desconhecidas. Porém, especialistas acreditam que alguns fatores possam contribuir para o desencadeamento do transtorno, tais como:
- Fator genético;
- Estresse;
- Temperamento forte;
- Mudanças no funcionamento do cérebro ao reagir a algumas situações.
Estudos sugerem que crises de pânico estão associadas a uma resposta natural do próprio corpo para situações de perigo extremo. Porém, ainda não foram achadas respostas concretas do porque a síndrome do pânico desencadeia crises em momentos que o perigo não está sendo oferecido à pessoa.
Fatores de risco
De maneira geral, a síndrome do pânico se manifesta entre o final da adolescência e o começo da vida adulta. Porém, não é incomum ver crises de pânico em adultos acima dos 30 anos e nem em crianças.
Entretanto, em crianças o diagnóstico costuma ser feito quando já estão mais velhas.
A síndrome do pânico, em média, afeta mais mulheres do que homens. Os principais fatores de risco verificados para o desenvolvimento da síndrome do pânico são:
- Exposição a situações de extremo estresse;
- Morte ou doença de uma pessoa querida;
- Mudanças radicais;
- Histórico de abuso sexual (principalmente sofrido durante a infância);
- Experiência traumática, como acidente, por exemplo.
Um fato curioso sobre a síndrome do pânico é que irmãos que sejam gêmeos idênticos, caso um desenvolva o outro tem 40% de chances de também desenvolver a doença.
Sintomas da Síndrome do Pânico
Como dito acima, as crises de pânicos características da síndrome costumam acontecer de forma súbita em praticamente qualquer situação. O que torna esse problema bastante perigoso, pois a pessoa pode estar dirigindo, no meio de uma reunião, na escola ou até mesmo dormindo.
A intensidade das crises, varia bastante, mas de forma geral o pico costuma ocorrer por cerca de 10 a 20 minutos. Entretanto, alguns dos sintomas podem perdurar por algumas horas.
Alguns sintomas como veremos são bastante parecidos com casos de ataque cardíaco, por isso é preciso ficar atento caso ocorra.
Entre os principais sintomas das crises da Síndrome do Pânico podemos destacar:
- Sensação de estar passando por extremo perigo;
- Sensação de estar perdendo o controle;
- Sensação de estar morrendo;
- Sensação de que uma tragédia está prestes a acontecer;
- Sentimento de indiferença;
- Sensação de alienação com realidade;
- Formigamento ou dormência no rosto, pés e mãos;
- Taquicardia, palpitações e ritmo cardíaco acelerado (sensações também associadas a ataque cardíaco);
- Sudorese;
- Hiperventilação;
- Tremores;
- Dificuldade para respirar;
- Dores abdominais
- Calafrios;
- Sensação de calor;
- Náusea;
- Desmaios;
- Dores no peito (outro sintoma associado a ataque cardíaco);
- Dores de cabeça;
- Tontura;
- Sensação de garganta estar fechando e dificuldades de engolir.
Um agravamento comum da Síndrome do Pânico é a pessoa sentir medo de sentir medo, isto é, ter medo que uma nova crise poderá desencadear a qualquer momento. Essa complicação fará as pessoas buscarem o isolamento para evitar se colocar em situações que novas crises possam ocorrer.
A Síndrome do Pânico poderá alterar o comportamento das pessoas em casa, no trabalho ou na escola. Em muitos casos, pessoas com esse transtorno acabam buscando formas erradas de lidar com os problemas, o que poderá desencadear alcoolismo, abuso de drogas e crises de depressão.
Diagnóstico e tratamento
Caso você ou alguém que conhece esteja apresentando os sintomas, deverá procurar um médico para poder fazer o diagnóstico e tratamento, uma vez que o quadro pode piorar para casos mais extremos de Síndrome do Pânico
Para o diagnóstico, o médico irá realizar alguns testes e pedir alguns exames. Em um primeiro momento serão feitos exames físicos, para em seguida serem realizados alguns exames de sangue.
Além da avaliação física será necessária a avaliação de um psiquiatra, para poder chegar a um veredicto acerca do diagnóstico. Que deverá ser feito pelo médico psiquiatra.
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O tratamento na grande maioria dos casos é feito através do uso de medicamentos e da psicoterapia. Sendo que ambos os tratamentos têm se mostrado bastante eficaz.
Dependendo do histórico do paciente, o médico poderá ou não optar pelos dois tipos de tratamento, uma vez que os dois juntos costumam gerar resultados bastante parecidos.
Síndrome do pânico tem cura?
A cura da Síndrome do Pânico ainda é um assunto controverso, uma vez que o tratamento costuma ser um pouco lento e de difícil tratamento. Dessa forma, muitas pessoas não serão curadas.
Embora, o tratamento costuma trazer grandes melhorias no quadro da Síndrome do Pânico. Dessa forma, mesmo que em alguns casos não leve a cura, certamente vai minimizar os danos.
Conclusão
No texto de hoje, te apresentei a Síndrome do Pânico, onde mostrei um panorama geral sobre a doença, mostrando as principais causas, fatores de riscos, sintomas, diagnóstico e tratamento.
A Síndrome do Pânico é um transtorno sério que deve ser tratado com o máximo de urgências e de recursos a fim de não evoluir para um problema ainda maior.
Desse modo, caso esteja sentindo alguns dos sintomas não tenha medo de buscar ajuda.
Agradeço a sua leitura e espero te ver de novo. Até breve!
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